As más condições dos prédios das unidades de saúde, falta de médicos e insumos (remédios, esparadrapos, agulhas) foram umas das reclamações durante a Prestação de Contas da Sesau (Secretaria municipal de Saúde), referente ao 3º quadrimestre de 2018, realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, na quinta-feira (28). Além disso, a vereadora Enfermeira Cida Amaral (Pros) falou sobre a insatisfação de profissionais que estão trabalhando em UBSF (Unidade Básica da Saúde) com o horário estendido.
O relatório fiscal, com dados técnicos de receita, despesas, leitos, e diagnósticos da realidade das unidades de saúde, foram apresentados pelo secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela. Depois da fala, o secretário ouviu os questionamentos dos vereadores, conselheiros e cidadãos presentes na audiência.
De acordo com Vilela, escutar as críticas dos vereadores e de todas as pessoas que participaram da prestação de contas, é importante para corrigir o que está errado e melhorar as condições da saúde pública. “As condições dos postos é uma evidência, é só chover para ver como fica. Mas graças a Deus o prefeito está indo aos postos e nos ajudando a resolver esse problema. Vamos mandar todos os questionamentos apresentados pelos parlamentares para avaliação. Quero dar transparência, sempre buscando solucionar os problemas e que vocês, vereadores, me ajudem a construir a solução desses problemas que muitas vezes estão relacionados ao custeio, tanto municipal, quanto estadual e federal”, declarou.
Vice-presidente da Comissão Permanente de Saúde, vereadora Enfermeira Cida, saiu em defesa dos profissionais de saúde. “A gente percebe que os esforços estão sendo grandes, toda mudança gera um desconforto. Um exemplo é o horário estendido nas unidades básicas de saúde da família que é algo bom para a população. A intenção foi contemplar a população, mas, não podemos esquecer que as pessoas são atendidas pelo profissional da Sesau que teve o serviço aumentado. Quando vamos às unidades de saúde e falamos com o gerente, ele nos diz que está tudo lindo, mas quando eu saio, tem profissionais que me procura chorando, pedindo socorro, e me questionando: ‘quem vai cuidar de nós? ’. Precisamos saber como contemplar esses profissionais”, finalizou a parlamentar
Jornalista – Maria Pereira