A Sessão Solene de entrega de Medalha Legislativa “Zumbi dos Palmares”, de preposição da vereadora Enfermeira Cida Amaral (PODE), contou com diversos homenageados na noite desta quarta-feira (22). A Câmara dos Vereadores de Campo Grande realizou o ato em comemoração à semana alusiva ao Dia Nacional da Consciência Negra.

O dia 20 de novembro é lembrado pela data de morte de Zumbi dos Palmares, ícone da resistência negra no Brasil colonial. A medalha foi instituída pela Câmara em 2001, a partir da aprovação do Decreto-Legislativo 690/01. A cerimônia realizada pela parlamentar homenageou 54 personalidades, que receberam a honraria pelo destaque na defesa, na integração social e na valorização dos membros da comunidade negra de Campo Grande, além da participação na difusão da cultura afro-brasileira.

A vereadora homenageou a procuradora Jaceguara Dantas da Silva Passos, do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), e o fundador do Instituto Luther King, Aleixo Paraguassu Neto. Representando a Câmara dos Vereadores, Cida concedeu a homenagem a Adriano Santos da Silva, Angela Vanessa Epifânio, Antonio Marcos Lacerda, Ana José Alves, Cristiane Stefanny Venceslau, Bartolina Ramalho Catanante, Manoel Sotero de Oliveira, Sergio Francisco dos Santos, Amarildo Valdo da Cruz, Artur Padilha e Lucilene Arruda Alves de Oliveira.

“Em nosso cotidiano, precisamos promover a reflexão e o debate sobre os avanços necessários ao nosso povo, especialmente quanto ao sistema educacional, que reproduz práticas discriminatórias e racistas que precisam ser eliminadas. Há um ciclo vicioso que combina pobreza, fracasso escolar e marginalização social. Esta causa deve ser avaliada e debatida”, enfatiza a Enfermeira Cida.

“Espero a oportunidade em que não será necessário um dia de Consciência Negra, enquanto este dia não chegar, podem contar com minha resistência e luta, pois faltam muitas conquistas para alcançarmos à verdadeira e justa igualdade”, complementa.

Zumbi dos Palmares

Zumbi dos Palmares, nome do líder escravo alagoano, é usado para reconhecer o trabalho e a luta contra o preconceito, por ser ele um símbolo da resistência negra contra a escravidão. Em 1678, ele renegou um acordo de paz desfavorável com os portugueses, provocou uma guerra civil no Quilombo dos Palmares e liderou a resistência contra os portugueses, que durou 14 anos.